Acompanhe detalhes do julgamento de Daniel Alves, onde sua defesa levanta questões sobre a influência de um ‘tribunal paralelo‘ na opinião pública. Este artigo mergulha nas estratégias legais, acusações enfrentadas pelo jogador e as complexidades de um caso que capturou a atenção mundial, destacando o embate entre a justiça formal e a julgamento popular.
Daniel Alves, ex-jogador de clubes como Barcelona, Juventus, Paris Saint-Germain e São Paulo FC, além de ter sido um membro destacado da seleção brasileira, enfrentou acusações sérias na Espanha. Ele foi acusado de ter estuprado uma mulher em uma boate de Barcelona em dezembro de 2022. A justiça espanhola ordenou sua prisão preventiva sem fiança em janeiro de 2023, após a denúncia.
Os detalhes do caso indicam que tanto Daniel Alves quanto a vítima prestaram depoimento às autoridades. A defesa da vítima pediu à justiça espanhola a condenação de Alves a 12 anos de prisão, que é a pena máxima prevista para esse tipo de crime no país. Os procedimentos judiciais incluem a análise de evidências e depoimentos, e o julgamento estava marcado para ocorrer em um processo que atraiu atenção internacional, dada a fama do jogador e a gravidade das acusações.
O Julgamento de Daniel Alves: 05 de Fevereiro.
Na manhã desta segunda-feira, 5 de fevereiro, teve início o processo judicial contra o ex-jogador brasileiro Daniel Alves, enfrentando alegações de estupro contra uma mulher em uma boate de Barcelona.
Desde janeiro de 2023, Daniel Alves encontra-se detido em custódia preventiva e compareceu ao Tribunal de Barcelona, o órgão judiciário de maior autoridade na região, para sua audiência. O processo, com previsão de duração de três dias, incluirá o depoimento de outras 28 testemunhas e da jovem espanhola que apresentou a denúncia contra o atleta, bem como o próprio depoimento de Alves.
Ao dar início à audiência, a defensora de Daniel Alves, Inés Guardiola, declarou que o atleta se considera injustiçado por um “tribunal paralelo” conduzido pela mídia e opinião pública. A equipe de defesa solicitou a invalidação do processo, argumentando que a magistrada encarregada do caso recusou a realização de uma nova perícia na acusadora.
Além disso, Guardiola reivindicou a execução de exames adicionais antes da continuação do julgamento. Até o momento da última atualização desta informação, a juíza não havia respondido ao pedido, embora a acusação, que exige uma sentença de 12 anos de prisão para o jogador, assegurasse que os direitos de defesa foram integralmente resguardados.
A corte também anunciou que a depoente, a jovem que imputa a acusação contra Alves, seria ouvida em um ambiente restrito, sem a presença de jornalistas.
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Ela já havia iniciado seu testemunho pela manhã, em condições que preservaram seu anonimato, com sua imagem e voz alteradas, reiterando a proibição, imposta pela juíza desde o começo do processo, da divulgação de sua identidade ou imagem pela mídia.
Por sua vez, Daniel Alves, inicialmente previsto para depor no mesmo dia, solicitou o adiamento de sua fala para quarta-feira, após o depoimento de todas as testemunhas. Esse pedido foi aceito.
O processo judicial se estenderá até a próxima quarta-feira, dia 7. Durante as audiências, serão ouvidos os relatos de Alves e de 28 testemunhas que se encontravam na discoteca Sutton, em Barcelona, na noite do suposto estupro, ocorrido em 30 de dezembro de 2022, conforme alega a promotoria.
Essas testemunhas foram selecionadas para depor tanto pela defesa quanto pela acusação.
Na primeira audiência, além de Daniel Alves, seis testemunhas darão seu depoimento. As 22 testemunhas restantes serão ouvidas na sessão seguinte. Por fim, a sessão do dia 7 de fevereiro será reservada para procedimentos de perícia, na qual será apresentado um relatório com as conclusões.
A magistrada Isabel Delgado Pérez, encarregada do julgamento, será responsável pela redação da decisão judicial. O tribunal informou que ainda não foi estabelecido um prazo para a emissão da sentença definitiva contra o atleta. Até a decisão final, Daniel Alves ficará detido preventivamente, conforme determina a ordem judicial vigente.
O Ministério Público da Espanha solicitou uma pena de nove anos de cárcere para o jogador, enquanto a advogacia da vítima do estupro pleiteava uma punição mais severa, de 12 anos de reclusão.
A mulher espanhola, que acusou Alves de estupro, não comparecerá ao julgamento, uma vez que foi decidido pela Justiça a proteção de sua identidade.
Em relação à busca por um entendimento, na semana anterior ao início do julgamento, a defesa de Daniel Alves buscou negociar um acordo com os representantes legais da acusadora, conforme relatado por fontes de ambas as partes à Telecinco, uma emissora de televisão espanhola.
Um eventual acordo teria como consequência a retirada das acusações e o cancelamento do julgamento.
Contudo, de acordo com a Telecinco, que se baseou em informações de fontes ligadas à acusação, as tentativas de acordo foram formalizadas legalmente. No entanto, a divulgação de fotos da jovem pela mãe de Daniel Alves esfriou as possibilidades de um acordo.
Consequentemente, as partes compareceram ao julgamento sem nenhum acordo prévio estabelecido.